terça-feira, 16 de julho de 2013

De cabaré em cabaré.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Herói a brasileira


O Herói: Quer lutar pelos fracos e oprimidos, como qualquer bom herói. Suas intenções são boas, mas os seus atos não o classificam como o tal.

Nome heroistico; O Invisível
Nome pessoal: Axenórbil Vasconcelos de Brandão.

          O seu nome diferente foi dado pelo seu pai, que ao batizá-lo estava um tanto embriagado, é ao passar por uma loja de eletrodomésticos que tinha uma televisão liga, onde um jornalista fala sobre a usina nuclear de Chernobil. Achou o nome lindo e disse que iria batizar o filho com este nome de estrangeiro. No cartório, bêbado, sem saber como pronunciar o nome, e muito menos escrever. Fala o que veio a sua cabeça. Axenórbil: Assim estava batizado nosso herói.
        Nosso herói já nascera com o estigma da invisibilidade  (como todo bom herói, não era popular, nem feio, nem bonito, nem bom, nem ruim). Estes atributos fazem com que ele não seja percebido no meio da multidão. Como outros milhões de humanos, estava sujeito a passar pela vida despercebido. Mas o destino traçava para ele algo diferente, assim pensava ele. Ainda no hospital tinha sido esquecido por horas na maquina de raios-X (não me pergunte como uma coisa dessas pode acontecer, no Brasil tudo é possível). Fato que os seus pais só ficarão sabendo anos depois, quando o enfermeiro que o esquecera tinha procurado saber como ele estava, para tirar o peso da consciência. Axenórbil por muitas vezes achava que fica invisível no meu da multidão (pelo fato ocorrido), pois as pessoas passavam por ele na rua, e até muitas tropeçavam nele sem o ver. Nosso herói teve uma infância difícil, como muitos milhões de crianças neste país. Seus pais trabalhavam muito para poder sobreviver, tendo que o deixar em creches das mais diversas categorias. Já mais crescido, vai estudar em escolas públicas, onde a insegurança, a falta de professores, a falta de merenda e de quase tudo para uma escola funcionar o fazem perder o interesse pelo aprendizado. Sorte que nosso herói não tem o instinto ruim. Mas também não é bom o suficiente para fazê-lo resignar-se perante aquilo tudo e vencer na vida pelo seu próprio esforço, sem depender de um estado em que a corrupção está estalada fazendo parte da magna burocrática.   

terça-feira, 24 de maio de 2011

Carta para um amigo

       Sabe amigo, pensar é um problema! Já pensou que quem pensa demais termina fazendo menos ainda. Uns pensam com medo de errar, outros com vontade de acertar. Mas de uma forma ou de outra se cria um medo que faz que o pensador fique paralisado. Eu sei o que você deve estar dizendo. “Que fazer as coisas num impulso é pior ainda!” Pode ser que seja. Qualquer problema que tivermos tem que ser pensando para resolver, mas resolver! Entendeu? Há! Claro! Se o problema tiver como referência outra pessoal, importa saber que: “O nosso direito acaba quando começa o do outro”. “Que quem ama não aprisiona, liberta.” Se por um acaso, o problema for de ordem material. Tem um ditado popular que diz: “Vãos os anéis, mas ficam os dedos.” E com eles você ainda pode levar o alimento à boca. Em problemas sem solução, são problemas sem solução. Para que perder tempo pensando neles. Sabe amigo, sinto falta das nossas conversas. Espero que tenha resolvido aquela situação. Que situação? Qualquer uma, desde que tenha resolvido e esteja feliz. Agora amigo pensa comigo: Não vá tentar resolver um problema com outro problema maior ainda! Entendeu? Todas as soluções de problemas têm que nos trazer felicidade. Mas a verdadeira felicidade! Não uma felicidade efêmera. Como aquele em que temos dez inimigos para combater e vencemos só o primeiro. A vida é um jogo, e ganha quem jogar melhor! Mas para jogar bem, temos que saber as regras do jogo! E nem sempre o ataque é a melhor estratégia. É você pode dizer que desta forma temos que pensar demais. Mas o que estou te dizendo com estas palavras e que temos que telas no nosso modo de ação, e não no modo de pensar! Estas leis têm que estar incorporadas em nós. Tem que fazer parte do nosso dia a dia. Veja como seriamos felizes se cada um de nós agisse desta forma. Como este mundo seria bom! Sonho! Talvez! Mas o que seria desta vida sem os sonhos, e os sonhadores! Quer me pegar! Eu sei que sonhadores são pesadores. Mas este tipo de pesador é que coloca seus sonhos em pratica. Coisa que não acontece com a gente. Acho que já tomei muito seu tempo! Vou me despedindo por aqui. Espero que você me permita te escrever de novo. Um abraço de um amigo que nunca te esquece.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Carta para um amigo



       Prezado amigo, ando distante e indiferente aos acontecimentos do presente. Talvez por que o passado não sai da minha mente. Fico perdido nas minhas lembranças. Penso com poderia ser minha vida se em certos momentos tivesse agido de outra forma. Mas o que seria eu neste momento se tivesse agido diferente do que agi? Onde eu estaria? Com quem estaria? Talvez você ache um absurdo uma pessoa se ligar mais no passado do que no presente! Pode até ser mesmo um absurdo. Mas é neste absurdo que estou mergulhado. Tenho feito muito esforço para sair deste estado mental. Mas quanto mais penso em sair, com mais força este passado me vem. Já recorri a anjos e demônios para me livrar do passado. Tudo sem é feito. Meu passado me busca onde eu estiver. Com quem eu estiver. Em muitos momentos simples detalhes que para outra pessoa passam despercebidos, como uma cor, uma palavra, um sorriso, um cheiro, me leva para o meu passado com uma força que tenho que fazer um grande esforço para não me perder do local em que estou. Loucura! Posso dizer sem duvidas, que quase! Mas o que é a loucura? Como podemos medir nossa sanidade ou insanidade? Eu sei, eu sei o que você pode está querendo me dizer. O que passou, passou. Não se arrependa do que fez, mas sim, do que não fez! Será esta a questão? Eu me arrependo do que fiz, e do que também não fiz. Do que fiz por que fiz! E do que não fiz por que deixei de fazer, perdendo a oportunidade de mudar o meu futuro, que neste instante é meu presente. E você meu amigo que já me escutou tantas vezes, e me deu tantos conselhos poderia estar aqui neste momento em que te escrevo. Quem sabe uma boa conversa contigo me tirasse deste estado lastimável em que estou. Há! Já sei o que você estaria me dizendo se estivesse aqui! Que sou presença é só mais um estágio da minha obsessão pelo passado. Quem sabe! Pode até ser! Mas o que nós seriamos sem o passado. Já diz o ditado: “Um povo sem passado é um povo sem futuro!” Sei, meu caso não é bem este! Amigo são tantas lembranças. Já pensou se fosse possível reviver o passado? Acho que seria muito bom com as lembranças boas, mas o que faríamos com as ruins! Poderíamos transformá-las em coisas boas? Nisto tudo, uma pergunta me resta! O que seria de nós hoje se não tivéssemos tido nossos erros para aprender? Amigo, me despeço por aqui na espera de termos uma nova oportunidade para podermos recordar os tempos bons da nossa amizade. Prestimosamente seu amigo.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Aflições, Pena ou Salvação?


     Um homem vivia numa região muito seca, plantava e quase não conseguia colher nada. Era um homem descrente, não acreditava em Deus. Falava que se Deus existisse e fosse tão bom, como falavam, não deixaria as pessoas sofrerem tanto sem motivo algum. Os anos passavam e sempre a mesma situação, plantava e não colhia. A seca castigava, o homem reclamava.  Mas de tanto ouvir pessoas que falavam de Deus, e de tanto sofrer. Resolve ceder e se tornar um seguidor de Deus. Andava neste lugar um homem que fazia profecias. Uma das suas previsões falava sobre um tempo de muita chuva, que esta chuva seria tanta que mataria todas as pessoas, em outras palavras, o fim do mundo. Ao ver do profeta, entre outros motivos que justificavam o fim do mundo estava à falta de fé nas determinações de Deus. O profeta dizia que todo aquele que não se curvasse a vontade de Deus iria queimar no fogo do Inferno, mas todo aquele que aceitasse de bom grado o que estava por vir, teria como recompensa o paraíso eterno.  Realmente a chuva chega, era muita chuva, como nunca antes chovera naquela região. O homem vê a água subir rapidamente em torno a sua casa. Lembrado das palavras do profeta, se põe de joelhos a rezar. Dizia-se completamente a mercê da vontade de Deus, pois estava cansado de sofrer e queria o paraíso. A água subia muito rápido em volta da casa. O homem é obrigado a subir no telhado. Mesmo assim, a água já estava o alcançando. Vê aquele volume de água, entende que aquela é a vontade de Deus. Neste meio tempo surge um dos seus vizinhos numa canoa improvisada para ajudá-lo. Mas ele não aceita a ajuda. Estava determinado a obedecer à vontade de Deus. A correnteza fica mais forte e leva a canoa embora com o seu passageiro. Para acabar logo com aquela agonia e ser mais fiel na determinação de Deus, jogasse na água. O homem não teve outro fim, se não, morrer afogado.
          Nos seus momentos finais de vida, pensava como poderia ser o paraíso a que ele tinha direito por cumprir fielmente a vontade de Deus. Deveria ser, pensava ele, antes do sono profundo que fora acometido, um lugar muito bonito onde nem faz calor, nem frio. Na deveria ter fome, nem sede. Mas que de repente acorda, e parece que estava dormindo há muito tempo. Olha em sua volta, o que vê não se parece em nada com o paraíso. Era um lugar frio, escuro, tinha fome e sede. Não entendia o que se passava. Onde estava o paraíso tão prometido? Como ele foi parar naquele local? Perguntava. Depois de muito caminhar e não chegar a canto nenhum, de ter muita fome, sede, o medo toma conta dele. Não tinha noção de tempo, de dia ou de noite. O vazio que estava a sua volta, também toma conta dele. Entre lágrimas, grita por muitas vezes por Deus, dizendo-se que tinha sido enganado. Que agora tinha certeza que Deus não existia. Por que se Deus existisse, ele não estaria naquele lugar. Falava que tinha sido fiel a Deus. Que por muitas vezes tinha rezado feito penitência pedindo que Deus mandasse chuva. E quando Deus manda a chuva, foi justamente a sua desgraça. Como ele está agora sendo culpado por isto.  Depois de muito vagar, começa a ver um vulto a distância. Aquela sombra distante parecia ser uma pessoa, mas que ele não conseguia identificar direito. Sempre que gritava colérico, na tentativa desesperada de chamar sua atenção a sombra sumia na distância. Quando estava mais calmo ela tornava a parecer. Com o tempo ele notou que a sombra o seguia para a onde ele fosse. Aquela situação começou a o deixar mais calmo, pois já não estava só. Mas o homem não parava de se perguntar quem ou o que era aquela sombra. Sabia que não era nada ruim, pois pior do que o local que ele já estava não podia. E que aquela sombra mesmo a distância o acalmava. Na presença da sombra, a fome e a cede não era tão terrível. O tempo passava. Quanto mais ele se achava aconchegado pela presença da sombra, mais ela se aproximava dele. Já não pensava em quem era o culpado por aquela situação. Não tinha mais fome e sede, pois a sombra o levava onde tinha água e comida. Mesmo sem saber quem era aquela sombra estava sempre agradecendo pelo pouco que tinha. E de certa forma ela sempre o instigava a prosseguir em frente. Quanto mais o tempo passa, mais a sombra aproximava-se. E em certo momento, sem entender direito o porquê, lembranças da sua revolta contra Deus vem a sua mente. E novamente ele quer revoltar-se, mas observa a sombra que caminhava na sua direção, começar a afastar-se. E aquela situação lhe causa um medo extremo. E o homem pede a Deus que a sombra não o abandone. E seu pedido era sincero, pois não tinha nada de material, nem filhos, nem esposa, nem parentes, nem anjos, nem demônios, nem direito a morte ele possuía. Naquele momento para ele, a sombra era como se fosse Deus, era tudo que ele poderia desejar. Para ele foi como despertar de um sono. O misto de choro e alegria toma conta dele. Nisto, sente que alguém toca o seu ombro. Sente um medo incompreensível de olhar, pois sabia que era aquela sombra que o acompanhara durante tanto tempo. Mas não poderia deixar de olhar. Lentamente ele vai olhando para aquele que até então não passava de uma sombra. O susto que leva ao ver o rosto daquele que era à sombra; faz sua cabeça girar, e seus olhos vão fechando lentamente, como se suas forças fossem sumido. O motivo do susto do homem era que, aquele que era a sombra, parecia ser ele mesmo. Mas tinha uma essência diferente da dele. Aquele que era a sombra toma o homem nos seus braços no momento que ele desfalece, dizendo: “Tu me chamaste, e eu vim”.

Quantas as maneiras temos de saber quem é Deus?
Quantas as maneiras temos de entender o que Deus quer de nós?
Quantas as maneiras temos de entender o porquê estamos aqui?
Quantas as maneiras temos de entender o porquê sofremos?