A parábola do semeador é um dos mais belos poemas já escritos nesta terra. Eu tenho a ousadia de fazer um pequeno ensaio sobre este texto. Também usando um ponto de vista poético. Não é minha intenção tornar uma verdade o que escrevo aqui. Como disse: É uma visão poética na mais do que isto.
Parábola do semeador: Naquele dia, saindo Jesus de casa, sentou-se à beira do mar. E, como o povo se reunia em massa e vinha ter com ele gente de todas as cidades, reuniu-se em torno dele tão grande multidão, que Jesus, entrado num barco que estava no mar, sentou-se nele, e, dirigindo-se ao povo que estava em terra, de pé na praia, ensinou-lhes muitas coisas por meio de parábolas.
E disse-lhes no seu ensinamento:
“Ouvi: Eis que o semeador saiu a semear a sua semente”. “E ao semear, uma parte das sementes caiu à beira do caminho, e vieram as aves do céu e a comeram, e outras foram pisadas”.
“Outra parte caiu em lugar pedregoso, onde não havia muita terra nem umidade, e logo nasceu porque a terra não era profunda”. “Mas, ao surgir o sol, queimou-se e, porque não tinha raiz secou”.
“Outra parte das sementes caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto algum”.
“Outras, finalmente, caíram em terra boa, fértil e, brotando, cresceram e produziram fruto que cresceu e se desenvolveu, e uma produziu trinta, outra sessenta e outra cem”.
E, dizendo isso, exclamou em voz mais alta, acrescentado:
“Quem tem ouvido para ouvir, ouça!”
Vamos dizer que nós de passagem por um desses caminhos, que poderíamos chamar de reencarnação, em uma das nossas vidas passadas. Foi nos ofertada muitas destas sementes que fala na parábola do semeador. E as transportamos para nossa vida. E as deixamos guardadas, dormente em um canto qualquer. As sementes que aceitamos cuidar e que já estão dentro de nós. E nos somos o vaso, a água, a terra e o ar que ela precisa para germinar. Em certo dia, em uma das nossas vidas, ela começa a germinar. Mas como toda semente não brota se não estiver em um lugar propício para isto, nós em muitas destas vidas deixamos que ela perca seu poder de germinação. Esta semente é a semente da árvore da vida, e sem ela nos perecemos. Deus com toda sua bondade nos dá outra chance para recomeçar. E nós, novamente, aceitamos cuidar da semente da vida, que depois de arvore formada dá frutos de amor, caridade e fé. Muito alegre e satisfeito com a nova oportunidade gritamos aos quatro cantos a boa nova, mostrando para todos à semente, e queremos que todos que estão a nossa volta cooperem com a salvaguarda da semente. Mas a semente é nossa e unicamente nossa. Ninguém tem responsabilidade sobre ela. E aí, começamos a ver que a nossa semente necessita de atenção, água e adubo para germinar. Em nossa ânsia queremos que ela cresça e apareça para que todos a vejam e a admirem-na. A semente demora a brotar, e só depois de muitos cuidados ela começa o processo de germinação. Logo aparecem as primeiras folhas e ficamos alegres. Mas, o tempo passa, a vida passa, e nossa árvore ainda é muito pequena para dar os frutos. Na nossa fraqueza abandonamos a nossa árvore com a desculpa que vamos cuidar da nossa vida. Esquecemos nossa árvore que morre por falta de cuidados. E novamente perecemos. Deus nós dá uma nova chance de recomeçar. Só que por causa de tantos erros, ele nos dá um aparelho. Tipo um medidor de abandono, que ira nos indicar quando nossa semente precisa de cuidados. Esse aparelho tem o nome de mediunidade. Através dele sempre que nossa árvore precisa de cuidados algo toga dentro de nós, que de imediato voltamos para cuidar da nossa árvore da vida. Mas, toda planta cresce, e com ela suas raízes. E nossa árvore continua crescendo, até chegar o dia em que ira florir e dar frutos para que possamos distribuir entre todos aqueles que têm fome e sede pelo caminho. E esses frutos sementes, sementes para um novo começo.
